Jornal. Aquele de papel que compramos nas bancas. Outros
são acessados pela internet. Para alguns uma forma de ganhar dinheiro, outros o
valor da informação verdadeira. Mas para poucos significa liberdade. Liberdade
de expressar idéias, confrontar opiniões, mostrar a cara da verdade e quem deve
pagar o preço da justiça. Os olhos da nação, que julga seus representantes na
câmara de vereadores, deputados, e congressistas. Entretêm-nos com colunas
cômicas, chamada de justiça, aos charlatões do mensalão. Traz-nos notícias das
guerras entre os ricos e os pobres. Com uma mão se dá e com a outra se tira, isso mesmo: os impostos.
Revela o sangue da violência que cresce por tras de uma
polícia despreparada, desprotegida, desarrumada, depredada, desarmada,
destruída.
Mostra-nos o preço alto da cesta básica, que a cada dia
se come menos pão e se paga mais impostos. Taxas para arcar luxo aos chefes de
estados, encher cuecas de corruptos, pagar salários de famílias inteiras dentro
da Câmara. Aumentos abusivos a prefeitos e vereadores. Obras
superfaturadas. Bichos e Cachoeiras. Tirando os funcionários fantasmas que não
assustam ninguém. Muito menos a folha de pagamento da prefeitura.
Esse é o jornal. A emancipação dos direitos de falar.
Direito de Expressão. Falamos de nossas indignações. Seja ela a quem for. Uma
idéia. Uma vida. Uma história.
E nesse jornal que leio me surpreende com:
“Importante: é
expressamente proibida a postagem de comentários que ofendam a imagem ou a
moral ou que desrespeitam a legislação em vigor. Informamos que seu IP será
informado as autoridades caso seja requisitado pela justiça.”
Liberdade de expressão, um dos fundamentos para a
democracia, o pilar da soberania popular, que agora se mostra um borrão na
constituição do nosso país.
Sim, um borrão. Algo que não se lê e muito menos se
entende.
A liberdade de expressão, você não lutou por ela. É algo
que não vale nada, não serve de nada.
Até perdê-la.
Um comentário:
"Sim, um borrão. Algo que não se lê e muito menos se entende."
Genial. Fácil de ler, entender e concordar. Frases pontuais e detalhes impecáveis. Como se escrevesse com bisturi.
Bem-vindo de volta. E não pare mais de escrever.
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